Difícil imaginar um negócio que não conte com a famosa maquininha de cartão como opção para o cliente realizar o pagamento, não é? Cada vez menos as pessoas têm carregado dinheiro em espécie, fazendo as compras exclusivamente por meio de cartão ou mesmo por aplicativos, sem nem precisar do cartão físico.
Por isso, uma dúvida muito comum é como tudo isso funciona: como o valor sai da conta do cliente e vai parar na conta corrente do seu negócio?
É aí que entra a adquirente. E este artigo foi escrito com o objetivo de esclarecer para você como isso é possível, inclusive para tranquilizar, caso ainda não atue com esse tipo de recebimento no seu estabelecimento e esteja pensando em adotar — o que recomendamos que seja feito o quanto antes!
Este artigo também é para você que já usa, mas tem dúvidas de como o procedimento acontece. Vamos lá?
O que é adquirente?
Sabe essas empresas como Cielo, Rede e Stone? Essas mesmas, que oferecem a maquininha de cartão, para que você possa receber dos clientes que usam cartão de crédito e de débito. Essas são as chamadas adquirentes, que se comunicam com as bandeiras de cartão e com os bancos emissores, como Santander, Nubank e Bradesco, processando as transações.
Quando a compra é aprovada, é a adquirente que recebe o dinheiro do banco e repassa a você no prazo combinado em contrato, que normalmente é de até 31 dias, para os casos de cartão de crédito.
Para usar uma adquirente, é preciso fazer um cadastro com a empresa e seguir as normas definidas por ela. Uma das vantagens dessa forma de pagamento é que o custo por transação pode ser menor de acordo com a negociação, então você pode lucrar um pouco mais em cada venda.
As taxas cobradas pelas bandeiras dos cartões e pelas adquirentes variam conforme o tipo de pagamento, operadora de cartão, prazo de recebimento, enfim, conforme o contrato.
A melhor parte é que, assim que a transação é aprovada, o seu recebimento é garantido, mesmo que o cliente não pague a fatura. É inclusive por assumir esse risco que as taxas podem ser altas.
Porém, é preciso observar que, como a adquirente promove uma ligação entre a sua empresa e o banco sem intermediários, se torna interessante buscar soluções antifraude e estáveis, contratando o provedor diretamente, ou seja, usando um gateway de pagamento.
Assim, você não deixa a transação vulnerável, eliminando o risco de a loja sofrer com problemas nas operações.
Quais são as maiores adquirentes do Brasil?
Por realizar uma transação tão importante, levando o dinheiro do seu cliente para a sua conta, as adquirentes precisam oferecer agilidade nesse processo de intermediação.
A seguir, listamos as maiores empresas desse ramo em nosso país, para você entender um pouco mais sobre como o procedimento acontece e quais são as características de empresas já consolidadas nesse mercado, que você pode confiar.
1. Cielo
Uma das maiores do mundo. No site da empresa, é possível encontrar dados importantes do mercado, baseado nas operações feitas por ela, que surgiu em 1995.
Sua rede conta com mais de 100 mil estabelecimentos afiliados e oferece serviços para cartões de crédito: captura, processamento e liquidação.
A empresa atua com diversos bancos parceiros e aceita mais de 80 bandeiras de cartões de crédito, débito, vale-refeição e alimentação.
2. Rede
É a segunda maior empresa de pagamentos do Brasil, inaugurada em 1996. Junto com a Cielo, elas representam em torno de 90% do mercado de adquirentes do Brasil.
Hoje, a Rede faz mais de R$ 34 bilhões em transações por mês e conta com mais de 1,3 milhões de maquininhas pelo País, além de oferecer diferentes tipos de tecnologia, como maquininha sem fio, Wi-Fi, smart, mobile, etc.
3. Stone
Um dos maiores diferenciais da Stone é o bom relacionamento, sem cobrar anuidades e mensalidades e com atendimento 24 horas por dia, 7 dias por semana.
Fundada em 2012, ela foi a primeira empresa a desafiar o então duopólio de adquirentes existente no Brasil. Hoje, ela tem mais de 580 mil clientes em mais de 1.500 cidades do país.
4. Global Payments
Uma das maiores do mundo neste mercado, a empresa é especializada em capturar e processar transações de pagamento. É muito usada na América Latina. Iniciou seus negócios no Brasil em 2013, onde opera por meio de uma joint venture com o BRB-Banco de Brasília S.A.
Atualmente, a empresa está presente em mais de 32 países, tem 11 mil colaboradores, mais de 2,5 milhões de clientes e realiza cerca de 17 bilhões de transações por ano.
5. GetNet
Criada em 2003, ela deslanchou em 2014, quando foi comprada pelo banco Santander.
Hoje, a rede de adquirência GetNet aceita todas as bandeiras de cartões e o cliente não precisa comprar ou alugar a maquininha para começar a vender.
6. SafraPay
Pertencente ao banco Safra, ela tem uma atuação forte com a oferta de banking para empresas.
Com um volume de vendas mínimo, o cliente ganha isenção do aluguel da maquininha ou pode vendê-la com taxa zero até recuperar o valor que pagou.
7. First Data
Conhecida no Brasil pela maquininha Bin, a First Data também está entre as maiores adquirentes do País. Eles chegaram aqui em 2012, mas as operações começaram em 2014.
Nos Estados Unidos, a empresa é a maior credenciadora de cartões e, aqui no Brasil, seu foco está na prestação de serviços para estabelecimentos comerciais com alianças com bancos regionais e de porte médio.
Qual a diferença entre adquirente e subadquirente?
Subaquirentes são intermediadoras de pagamentos que atendem lojas menores e negócios online. Elas são habilitadas pelas adquirentes para realizar transações com cartões em nome dos estabelecimentos. Por isso são intermediárias.
Portanto, as subadquirentes realizam uma conexão com as adquirentes, entregando para os lojistas uma solução completa, inclusive com serviços antifraude. O custo de implementação é mais acessível, sem muita burocracia, habilitando a loja para receber pagamentos com apenas uma integração.
Ainda serão as adquirentes as responsáveis pelo processamento das transações de cartão de crédito e débito. Elas fazem a comunicação da sua loja com o banco, para checar dados e validar compras.
Quando usa uma subadquirente, você avisa a adquirente, que verifica com o banco os dados necessários para concluir a compra.
Logo, a maior vantagem de usar uma subadquirente é que o credenciamento junto à operadora de cartão já vai estar feito quando você contratá-la. Mas, como nem tudo são flores, apesar de reduzir custos de implementação, ela faz sua cobrança em porcentagem de vendas.
Nos maiores players, como os citados acima, o valor varia de 3% a 7%. É por essa razão que não é uma escolha adequada para todos os tipos de negócios.
Se a sua empresa é pequena e você precisa de praticidade e eficiência nas tarefas empresariais do dia a dia, contar com um gerenciador de cobrança online também é uma ótima ideia.
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