Mais sobre o empreendedorismo no Brasil e exemplos atuais

Este artigo reúne explicações e dados ligados ao empreendedorismo no Brasil e nomes de empreendedores e empreendedoras referências na atualidade. Veja agora.

Imagem de uma mulher sorrindo para a câmera enquanto usa um laptop em um ambiente interno, vestindo roupas casuais.

Apesar dos desafios passados e recentes, exemplos de resiliência e inovação destacam o empreendedorismo no Brasil, tornando-o referência, para outras nações, na criação e no desenvolvimento de novos negócios.

Políticas públicas de incentivo, como a Lei do Microempreendedor Individual e o regime tributário Simples Nacional, um mercado consumidor com crescimento expressivo principalmente no digital e o acesso dos donos de empresas de todos os portes à redes de apoio são justificativas disso.

Você quer empreender ou conhecer mais sobre o cenário? Leia este artigo até o final! Aproveite para se inspirar a partir de experiências reais.

Um pouco mais sobre o que é o empreendedorismo no Brasil

Empreender significa criar e operar um negócio e, no Brasil, essa é uma atividade econômica de bastante impacto: segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o país atingiu, em 2024, a marca de 14,6 milhões de cadastros de Microempreendedores Individuais (MEIs), 1,5 milhão a mais em comparação com o levantamento feito em 2021.

Os números refletem um passado de intensas mudanças sociais, econômicas e políticas. Lembrando que MEI e ME não são a mesma coisa!

Como surgiu o empreendedorismo no Brasil?

O empreendedorismo no Brasil surgiu oficialmente quando o país foi colonizado e nos anos que se seguiram, tempos em que a economia local era predominantemente agrária e também contava com pequenos comércios, como os que vendiam artesanatos.

Em meados do século XIX dois nomes se destacaram dentre os que incentivaram a realização de negócios no país: o de Dom Pedro II, imperador e apoiador do desenvolvimento de áreas como a ciência e a tecnologia, e o de Barão de Mauá, banqueiro pioneiro da industrialização.

Necessidades econômicas, bem como oportunidades geradas ao longo das décadas, levaram ao empreendedorismo como você conhece hoje.

Qual a importância do empreendedorismo no Brasil?

Desde o desenvolvimento da economia até a abertura de portas tanto para a inovação quanto para a inclusão social, o impacto do empreendedorismo no Brasil é cada vez maior. Segundo o “Mapa das Empresas” do Governo Federal, só nos primeiros meses de 2022, mais de 1 milhão de negócios foram abertos em todo o país.

Ainda de acordo com o boletim, cerca de 99% das empresas brasileiras entram no leque das MPEs (micro ou pequenas empresas). Elas se responsabilizam por 27% do Produto Interno Bruto (PIB) e representam 62% das oportunidades de emprego, você sabia?

No mais, cerca de 54% dos empregos formais no país são gerados pelas próprias MPEs!

Aqui está uma lista com alguns dos principais benefícios do empreendedorismo nacional quando executado de forma regular e adequada às leis.

  • Estímulo ao crescimento econômico
  • Desenvolvimento de novas soluções para atender à demandas do mercado
  • Empoderamento e inclusão de grupos historicamente marginalizados
  • Incentivo à educação e capacitação
  • Impactos ambientais e sociais positivos

Agora, aproveite para saber mais especificamente sobre o empreendedorismo feminino no Brasil. Em seguida, explore alguns fatos ligados a 16 empreendedores famosos ou referências no Brasil para se inspirar.

Informações e desafios do empreendedorismo feminino no Brasil

Atualmente, mulheres e homens abrem negócios na mesma proporção em todo o território nacional, porém, de acordo com o Sebrae (2023), elas são mais escolarizadas. Segundo o órgão, seus empreendimentos ainda não têm tanto faturamento ou tanta inovação quanto aqueles pertencentes a pessoas do sexo masculino.

Além disso, apesar de as mulheres apresentarem menores índices de inadimplência, elas pagam taxas de juros mais altas.

O país está em 60º lugar entre 77 nações no principal ranking de empreendedorismo feminino, inclusive em decorrência de grandes desafios enfrentados exclusivamente por empreendedoras, a exemplo da maternidade, da sobrecarga para equilibrar vida pessoal e profissional e do preconceito de gênero, também conforme informações recentes do Sebrae.

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16 empreendedoras e empreendedores de sucesso do Brasil para você conhecer

Leila Velez, co-fundadora da rede de salões especializados em cabelos crespos e cacheados “Beleza Natural”, e Dulce Pugliese, médica e co-fundadora da Amil, são exemplos de empreendedoras mulheres que podem lhe inspirar.

Confira mais sobre elas e veja também a trajetória de outros empreendedores e outras empreendedoras de referência!

1. Leila Velez

Presidente e co-fundadora da rede Beleza Natural, Leila começou sua vida empreendedora em um pequeno salão e, com o passar do tempo, transformou a marca numa das mais conhecidas do país entre mulheres de cabelos crespos e cacheados.

A Beleza Natural, como o nome diz, tem em seus princípios a valorização da autoestima de pessoas do sexo feminino sem que elas precisem mudar quem são. Atualmente, os salões de Leila possuem mais de 25 filiais em diversas cidades e atendem mais de 130 mil clientes por mês.

Em outro artigo aqui do blog da Cobre Fácil, você confere uma lista de outros tipos de negócios que mais lucram somados a empresas do nicho de bem-estar.

2. Dulce Pugliese

Dulce Pugliese é co-fundadora da Amil, uma das maiores operadoras de planos de saúde do país, adquirida em 2014 por empresa gigante dos Estados Unidos pelo valor estimado de US$ 5 bilhões, mas, além de empresária, ela também é médica e pioneira por introduzir em solo brasileiro diversos conceitos mais modernos de gestão de saúde.

3. Jorge Paulo Lemann

Um dos empresários mais influentes do Brasil, Lemann é co-fundador da 3G Capital, fundo de investimento com participação em grandes empresas globais, como Burger King, Heinz e Kraft, e dono da Ambev, uma das maiores empresas de bebidas da América Latina e cervejarias do mundo.

Antes de se tornar empresário, ele trabalhou em uma fábrica de sapatos. Ao assumir negócios da família, foi estudar economia em Harvard e começou seu império na década de 70 justamente com um dos bancos de investimentos mais respeitados do Brasil na época.

4. Marcel Herrmann Telles

Co-fundador da 3G Capital e também da Ambev, Marcel é conhecido pelo seu trabalho filantrópico, principalmente no campo da educação, porque detém a “Fundação Estudar”, que dá acesso à escolas para jovens, e a ONG “Ismart”, que oferece bolsas de estudo para alunos de baixa renda.

Além disso, Marcel também criou o conceito de “Orçamento Base Zero”, que foca na eficiência e na redução de custos nas empresas. Ele pode representar um exemplo de empreendedorismo transformador.

5. Luiza Helena Trajano

Atual presidente do conselho de administração do Magazine Luiza, uma das maiores redes de varejo do Brasil, Luiza Helena Trajano foi escolhida por sua tia – Luiza Trajano Donato, fundadora da marca e falecida em fevereiro de 2024 – para assumir os negócios da família.

Ela também é um modelo de empreendedora em constante busca por inovação e digitalização e transformou a empresa ao longo dos anos por causa disso. Luiza ainda representa uma voz bastante ativa também em questões de diversidade e igualdade de gênero no mercado de trabalho.

6. Cristina Junqueira

Uma das co-fundadoras do Nubank, fintech de grande importância na América Latina e pioneira no mercado de bancos digitais no Brasil, Cristina Junqueira também é conhecida por ser defensora da diversidade no setor de tecnologia e das finanças corporativas.

Sob a sua liderança, o banco teve um rápido crescimento oferecendo serviços financeiros acessíveis e sem tarifas para os clientes e desafiando instituições tradicionais, desencadeando inclusive uma melhora expressiva nos serviços bancários digitais no país.

7. Antônio Luiz Seabra

Fundador de uma das maiores empresas de produtos voltados a cuidados pessoais do Brasil, a Natura, Antônio Luiz Seabra iniciou sua jornada nos anos 60, com uma pequena fábrica de cosméticos. Ao longo dos anos, ele adquiriu a Avon, expandindo sua presença global.

Hoje em dia, seu trabalho em grande parte está dedicado a promover práticas empresariais para que as marcas tenham uma melhor sustentabilidade financeira e sejam socialmente responsáveis.

8. Rubens Menin

Multi-investidor, Rubens Menin entrou no mercado de trabalho atuando como engenheiro civil, mas percebeu ter potencial para investir tanto no mercado imobiliário quanto em outros. Hoje, ele controla a MRV Engenharia – que está entre as maiores construtoras de imóveis da América Latina –, o Banco Inter, o Grupo Itatiaia de rádio e o clube de futebol Atlético Mineiro.

9. Viviane Senna

Psicóloga, fundadora e atual presidente do Instituto Ayrton Senna, Viviane é irmã do ex- piloto de Fórmula 1 e preza, na organização filantrópica que comanda, pela melhora na qualidade da educação pública no Brasil.

Fundado em 1994, o Instituto Ayrton Senna impacta milhões de crianças e jovens todos os dias. A fundadora, por sua vez, já foi até indicada para o “Prêmio das Crianças do Mundo” ao lado de nomes como o de Nelson Mandela!

10. Ana Fontes

Com quase duas décadas de experiência no mundo corporativo, Ana é fundadora da primeira rede de apoio ao empreendedorismo feminino no Brasil, o “Instituto Rede Mulher Empreendedora”, projeto que visa proporcionar autonomia econômica a mulheres em situação de vulnerabilidade e as auxiliar na administração dos próprios negócios.

Lá, ela faz o trabalho de capacitação e apoio de outras donas de empresas de todos os tipos, também priorizando a promoção da igualdade de gênero no ambiente das corporações.

11. Roberto Nogueira

Roberto Nogueira é o fundador da Brisanet, uma das maiores operadoras de telecomunicações do Nordeste, responsável por levar internet de alta qualidade para algumas das localidades menos atendidas do país. Ele começou sua jornada com um pequeno provedor e, hoje, é exemplo de empreendedorismo regional.

12. Pedro Chiamulera

Antes de ser empresário, Chiamulera era atleta olímpico de atletismo e, quando entrou no mundo dos negócios, foi porque ele fundou a ClearSale, marca que protege outros negócios contra fraudes online, combinando tecnologia avançada e análise comportamental.

Chiamulera é um exemplo de empreendedor da área de inovações para segurança digital.

13. Camila Coutinho

Camila Coutinho, pioneira entre as blogueiras brasileiras, criou o blog Garotas Estúpidas há pouco menos de duas décadas, registrou a marca e a transformou num empreendimento de sucesso dentro e fora do território nacional. Hoje, além de administrar o blog e trabalhar como influenciadora e palestrante mundo afora, ela também detém a marca de cosméticos GE Beauty.

14. Flávio Augusto da Silva

Flávio Augusto da Silva é o fundador da Wise Up, uma das maiores redes de escolas de inglês do Brasil, e do canal Geração de Valor, que inspira jovens empreendedores através de vídeos online. Sua origem de classe média baixa não o impediu de empreender:

Flávio começou vendendo cursos de inglês através dos telefones públicos de sua cidade, aos 23 anos abriu sua própria escola e aos 24 alcançou seu primeiro milhão.

15. Rachel Maia

Rachel Maia é a primeira mulher negra a ocupar o cargo de CEO no Brasil. Ela passou, nessa posição, por empresas como Tiffany & Co., Pandora e Lacoste e agora atua à frente de sua própria consultoria.

Nascida em uma comunidade humilde de São Paulo, Rachel começou a cedo a trilhar seu caminho como empreendedora e, atualmente, lidera a RM Consulting, prestadora de consultoria para grandes empresas, como Carrefour, Hering e XP Investimentos.

E esse é o grande poder do empreendedorismo: promover discussões e debates, reinventar-se e adaptar-se ao momento econômico, criando oportunidades de renda para a maioridade das famílias.

16. Ana Luiza McLaren e Tiê Lima

Unidos no mesmo tópico por terem construído juntos uma vida empreendedora, o casal de fundadores do Enjoei, plataforma de e-commerce que funciona como um brechó, começou em 2009 criando um blog para vender itens pessoais que não eram mais usados e, alguns anos depois, viu sua empresa se tornar um dos maiores marketplaces de moda circular do país.

A partir do posicionamento de mercado do Enjoei, ambos ajudaram muita gente a mudar de percepção sobre o consumo de roupas de “segunda mão”, trazendo à tona, dentro do mercado, tópicos como acessibilidade de compras e impacto ambiental.

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