A estratégia financeira é uma forma de manter um negócio seguro desde a fase inicial dos investimentos. Ela deve ser pensada e adaptada de acordo com as necessidades que surgem com o crescimento empresarial.
Esse é um detalhe importante, principalmente para quem deseja investir com pouco dinheiro, planejando adequadamente os seus investimentos e pontuando os gastos que realmente são necessários.
É indispensável saber o quanto se investe em materiais, produtos e mão de obra para poder separar o investimento do lucro, traçar objetivos estratégicos financeiros e possuir um capital de giro.
Possuir uma visão geral de tudo é fundamental para prever situações negativas e controlá-las, saber onde o seu dinheiro é aplicado e realocar investimentos.
Veja agora algumas dicas de como fazer o planejamento estratégico financeiro de uma empresa.
O que é estratégia financeira
Trata-se de uma forma de gerenciar o dinheiro da empresa, seja ela grande ou pequena. Ou seja, é a administração das entradas, saídas, custos, lucros e todos os processos que envolvem os pagamentos, recebimentos e objetivos, desde melhorar uma matéria-prima até expandir o espaço físico.
Também é preciso estar atento à concorrência e preparado para os momentos de crise, cuidando para que o negócio cresça de forma saudável e constante. Além do mais, existem as estratégias financeiras em curto e longo prazo.
A estratégia financeira de curto prazo é aquela que lida especialmente com os prazos de contas a pagar e receber, cuida do estoque, créditos, débitos e negociações financeiras.
Já a de longo prazo é aquela que pensa no crescimento e expansão dos negócios. Trata-se de inserir novos produtos, expandir para novos setores, abrir novas filiais e demais planejamentos que necessitam mais tempo e investimento para serem colocados em prática.
Como fazer um planejamento estratégico financeiro
Uma boa gestão financeira empresarial estratégica deve possuir cinco etapas fundamentais, cada uma dedicada a um propósito.
Veja quais são elas!
1. Orçamento
No orçamento, deve-se projetar as receitas, despesas, custos e investimentos. Anualmente, deve-se fazer um orçamento que projete esses gastos de acordo com os objetivos da empresa e as estratégias para atingi-los.
2. Elaboração das estratégias
Na segunda etapa, deve-se traçar os planos de ações que serão realizados durante um período que também deve ser estabelecido. Esses planos precisam estar de acordo com as metas e objetivos da empresa.
Aqui, leva-se em consideração projeções de vendas, custos, investimentos e toda a situação financeira da empresa, criando cenários para que esses planos funcionem de verdade e para possuir soluções diante cenários adversos.
3. Criando um cenário
É necessário não somente criar um cenário-base, mas também um cenário otimista onde a receita da empresa será maior ou os custos e despesas inferiores aos projetados.
Também é importante pensar em um cenário chamado de stress ou pessimista, quando os mesmos números de receita, custos e despesas são maiores do que se esperava.
4. Criação de políticas financeiras
Nesta etapa, as políticas de recebimento e pagamento devem ser criadas. As de recebimento envolvem decidir quais os modelos serão utilizados, como à vista, a prazo, dinheiro, cartão, boleto, entre outros.
Já as de pagamento compreendem decidir se trabalharão com fornecedores que aceitam pagamento à vista ou a prazo.
Ambas as decisões afetam o capital de giro da empresa, pois é nas formas de recebimento e pagamento que se realizam os ciclos financeiros dos negócios.
Aqui, também deve-se definir a distribuição de lucros, decidindo quais são as condições, a periodicidade e o percentual para que haja distribuição.
5. Ferramentas do gerenciamento financeiro estratégico
Para poder administrar todas as etapas acima, é necessário fazer o uso de ferramentas de controle de gestão. Elas vão ajudá-lo a ter uma visão geral da realidade da empresa, facilitando os planos de ações, mudanças, alcance de metas de objetivos.
Algumas delas são:
- Receitas: todos os valores recebidos da empresa, seja a partir de vendas de produtos ou serviços, juros ou venda de ativos.
- Despesas: todo gasto que envolve o funcionamento da empresa, como contas de energia, água e aluguel.
- Custos: a diferença entre despesa e custo é que, no segundo, os gastos envolvem somente o produto ou serviço final, por exemplo, os gastos com matéria-prima e salário dos colaboradores da produção.
- Capital de giro: recursos financeiros que sustentam as operações diárias da empresa.
- Demonstração do resultado do exercício (DRE): relatório de um período específico que lista receitas, despesas e lucro líquido.
- Ponto de equilíbrio: quando as receitas da empresa são as mesmas que as despesas e a empresa passa a “se pagar”. Ainda não há lucro.
- Balanço patrimonial: relatório que mostra os ativos, passivos e patrimônio líquido da empresa.
Se você pensa em administrar uma empresa, é fundamental fazer uso dessas dicas. A estratégia financeira para o crescimento dos negócios faz com que seja possível separar da forma correta cada gasto e investimento, evitando o uso indevido do dinheiro e uma falência precoce e objetivando metas cada vez maiores.
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