Se você está se perguntando o que é pro rata, ele é um termo do latim que significa medir algo ou distribuir em partes iguais. No contexto financeiro, esse conceito tem relação a um cálculo que é feito conforme um período de tempo.
Um bom exemplo disso é quando alguém opta por cancelar um plano de assinatura de internet. Se você já fez algo parecido, sabe que vai encontrar no contrato assinado pelo serviço alguma cláusula que garante ao consumidor apenas o pagamento proporcional ao tempo em que o serviço foi utilizado naquele mês.
Ou seja, o cliente não precisa pagar o valor cheio do plano no mês em que decide cancelar. Esse é o pro rata, encontrado em serviços recorrentes como planos, mensalidades e assinaturas oferecidos por empresas, inclusive usado no cálculo de multas e juros e, por isso, importante para garantir uma gestão financeira saudável para o negócio.
Quando usar o pro rata
Por se tratar de um cálculo proporcional, o pro rata é bastante utilizado para calcular mensalidades proporcionais, como exemplificamos, em situações de cancelamentos de assinaturas, fator conhecido como churn de clientes. Assim, o pagamento é justo tanto para a empresa quanto para o consumidor.
Para ficar ainda mais claro, vamos a mais um exemplo: imagine que você paga a mensalidade de R$ 100 em um curso de inglês. Quando você efetua o pagamento no início do mês, garante 30 dias de uso.
Se o seu contrato estiver baseado em pro rata e você vier a cancelar a matrícula antes do mês terminar, suponhamos que no dia 15, vai ficar devendo apenas a mensalidade referente a esses 15 dias, gerando um acerto de R$ 50.
Se a escola de idiomas não trabalhasse com pro rata, você teria que pagar a mensalidade cheia, os R$ 100, bem como poderia usufruir do serviço até o final do mês.
No momento da adesão esses termos devem ficar bem claros para o consumidor. Portanto, ao atuar com ou sem pro rata, lembre-se sempre de deixar essa opção explícita no contrato de prestação de serviços assinado pelos seus clientes.
Como calcular o pro rata
Para entender completamente como funciona uma cobrança pro rata, é preciso saber fazer o seu cálculo, que é muito simples: pode ser usada uma regra de três básica. Vamos imaginar uma assinatura cancelada antes do prazo:
- Valor da mensalidade = R$ 135
- Validade = 30 dias
- Período usado = 10 dias
- Valor a ser pago = x (o que queremos descobrir)
Pela regra de três temos:
R$ 135 - 30 dias x - 10 dias 30x = 135 x 10 x = 1350÷30 x = 45 |
Assim, o valor pro rata por 10 dias de uso será de R$ 45.
Outro jeito de fazer esse cálculo é fracionar de forma proporcional. 10 dias são ⅓ de 30 dias. Logo, o valor a ser pago também será ⅓ do total, ou seja: R$ 135÷3 = R$ 45.
É importante que você, pessoa empreendedora, entenda esse raciocínio, mas que também saiba que não é escalável fazer cobranças pro rata, ou qualquer outro tipo de cobrança, em grande quantidade de maneira tão manual.
Hoje já existem softwares como a Cobre Fácil, que permite a realização de qualquer tipo de pagamento recorrente dos seus clientes com facilidade e profissionalismo. Você pode fazer cobranças recorrentes automatizadas, sem burocracia e cuidando do que mais importa: o seu negócio!
Até porque, além de encontrar o valor a ser pago, você também terá que incluir outros valores como multa e juros.
Quando calcular juros pro rata?
É preciso observar caso aconteça inadimplência de pagamentos. Nesse caso, devem ser aplicados juros, conhecidos como juros pro rata die - “por dia”, que são proporcionais aos dias que o cliente deve.
O cálculo que deve ser feito depende de como os juros foram definidos em contrato, seja ao dia, ao mês ou ao ano. Geralmente esse valor é fracionado apenas pelo período da cobrança em aberto.
Já no caso de multa pro rata, ela pode ser estabelecida por juros ao dia. Por exemplo, se for definida uma multa de 0,5% ao dia, o cálculo sobre um valor de R$ 500 resultará em juros pro rata die de R$ 2,50 por dia.
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