Entenda o modelo freemium neste guia completo

Já pensou em aplicar a estratégia de freemium na sua empresa, mas não sabe como começar ou sequer se faz sentido? Este guia é pra você!

Dois colegas discutem estratégias de negócios de forma colaborativa, analisando dados e planejando soluções criativas.

Você, com certeza, já ouviu falar no “modelo freemium” de assinatura, não? Ele é uma estratégia de negócio e existe quando algumas empresas oferecem uma versão gratuita de seus produtos ou serviços, mas disponibilizam funcionalidades avançadas apenas por meio de planos pagos. 

Geralmente encontrado nas assinaturas de softwares, aplicativos e plataformas online, o freemium permite que os usuários experimentem o essencial das soluções sem gastar nada, porém, caso esses usuários entendam necessitar de mais recursos além dos básicos, devem pagar por eles.

Empreendedores costumam buscar entender esse modelo para pensar sobre expandir sua base de clientes ou traçar novas estratégias de conversão, então, topa ler este artigo até o final e conhecer tudo o que é importante sobre o tema?

O que é freemium?

O formato de assinatura “freemium” é aquele que combina acesso gratuito a um produto ou serviço à possibilidade de o usuário desbloquear funcionalidades ou recursos adicionais por meio de um pagamento único ou periódico.

Ele é uma estratégia que permite que os clientes das marcas que o adotam tenham uma primeira experiência ou uma experiência básica sem custos. 

Seu objetivo? Gerar valor ao usuário antes mesmo de uma eventual conversão para a versão paga ou atrair mais interessados pela solução oferecida, posteriormente, incentivando muitos a deixarem de usufruir só do que é grátis (“free”) e se tornarem “premium”. Daí o nome!

Setores como o da tecnologia, da educação e do entretenimento costumam adotar a alternativa, não só para captar clientes de um jeito mais fácil, mas para estimular sua migração para uma assinatura que aumenta a receita recorrente.

Como funciona o modelo freemium exatamente?

Uma vez que a marca que oferece a assinatura “freemium” consegue atrair usuários com uma versão gratuita do seu produto ou serviço, fazendo-os conhecer o básico da solução oferecida, ela está mais próxima de conseguir convertê-los para versões pagas.

O incentivo à migração acontece por meio de limitações estratégicas de acesso a determinados recursos ou pela oferta de benefícios adicionais. 

De graça, a solução entrega valor suficiente para engajar os usuários.
A versão paga traz mais funcionalidades, suporte exclusivo ou não tem restrições.

Se quiser experimentar o formato, encontre um equilíbrio entre o que é oferecido gratuitamente e o que será cobrado: se a versão gratuita for muito limitada, por exemplo, pode não atrair tantos usuários, por outro lado, se for completa demais, poucos vão sentir a necessidade de pagar pela versão premium. 

Para conseguir a monetização adequada no modelo freemium, você pode oferecer:

  • valores promocionais;
  • testes temporários;
  • planos personalizados;
  • cashback para novos assinantes;
  • funcionalidades pagas complementares às gratuitas;
  • fim de anúncios em vídeo ou foto;
  • dentre outras vantagens.

Inspire-se em alguns exemplos!

7 exemplos de empresas que oferecem freemium

Marcas como LinkedIn e Duolingo adotam o modelo freemium aliado a jogadas estratégicas de marketing para conseguirem alcançar níveis cada vez maiores de sucesso entre o público-alvo.

Além delas, o Spotify, a plataforma “Zoom” e o organizador de tarefas “Trello” são outros bons exemplos.

1. Spotify

Esse streaming de música famoso permite que os usuários ouçam músicas gratuitamente, mas com anúncios e limitações (impossibilidade de escolher faixas específicas ou pular músicas sem restrições). 

Para remover as barreiras que interferem na experiência, a empresa oferece ao consumidor alguns planos pagos, inclusive para famílias.

Arcar com uma mensalidade dá, para o cliente, uma experiência sem interrupções, com melhor qualidade de áudio e funcionalidades extras, como baixar faixas para ouvir offline.

2. LinkedIn

Para muitos, uma rede social profissional gratuita, o LinkedIn pode se tornar uma plataforma de networking e vendas se seu usuário decide pagar para acessar ferramentas avançadas.

Quem migra do “free” para o “premium”, no LinkedIn, consegue: visualização detalhada de perfis, envio de mensagens diretas para quem não está na rede de contatos e dados sobre vagas de emprego ou pessoas se candidatando para trabalhar, por exemplo.

3. Trello

O Trello, que é uma plataforma de gestão de projetos, permite que usuários criem quadros, listas e cartões de tarefas gratuitamente, entretanto, só quem paga por algum plano consegue automatizar processos, armazenar mais anexos em suas áreas de trabalho e garantir integrações com outros aplicativos.

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4. Duolingo

O Duolingo, aplicativo de ensino de idiomas, oferece lições gratuitas para quem se cadastrar, mas com a “condição” dos anúncios e de algumas limitações, como vidas que se esgotam quando alguns erros são cometidos na sequência. 

Pagantes da plataforma conseguem praticar mesmo offline e ainda têm revisão personalizada dos exercícios, você sabia?

5. Zoom

O Zoom é um exemplo de solução de videoconferência que adota o modelo freemium.

Usuários de sua versão gratuita podem fazer reuniões de até 40 minutos, com um número limitado de participantes. Empresas e profissionais que precisam de reuniões mais longas, gravações salvas na nuvem e outros recursos avançados pagam pela ferramenta.

6. Google Drive

A nuvem do Google propriamente dita também pode ser considerada “freemium”, afinal, tem um espaço gratuito inicial para quem quer salvar arquivos, porém, começa a cobrar por mais capacidade e recursos adicionais, como suporte avançado, a partir de determinada quantidade de arquivos armazenados.

7. PicsArt

Aplicativo de edição de imagens com mais de 300 mil avaliações só na loja de celulares iOS, para encerrar a lista de exemplos, o PicsArt pode ilustrar muito bem o modelo “freemium”, pois permite o uso de filtros e ferramentas básicas gratuitamente, mas exigem um pagamento para a liberação de remoção de fundo em um toque, uso de fontes premium, retoques no rosto e corpo etc.

Além disso, oferece versões de planos mais baratas se pagas por mais tempo, como um plano de 12 meses, gerando maiores oportunidades de receita recorrente.

Freemium e premium não são a mesma coisa?

Não! Ser “freemium” é, como o nome diz, começar “free” e, depois, virar “premium”. Quem já começa a usufruir de um produto ou serviço pagando por ele é usuário premium desde o primeiro momento.

Aqui está um breve comparativo:

Comparativo entre freemium e premium. Versão paga e gratuita.

Ainda, não confunda “freemium” com período de testes! A escolha entre os modelos depende da estratégia da empresa e do perfil do público que a marca deseja alcançar.

Quando vale a pena usar o modelo freemium?

Se a sua empresa conseguir equilibrar a oferta gratuita e a conversão para planos pagos sem que o fluxo de caixa fique comprometido, é sinal de que o freemium pode valer a pena, principalmente caso ofereça produtos ou serviços digitais e escaláveis.

Certifique-se de que a solução divulgada ao consumidor tenha forte apelo de experimentação, que seus canais de comunicação sejam eficientes e as equipes de vendas e pós-vendas estejam capacitadas para trabalhar na nutrição das pessoas, convertendo-as em pagantes.

E lembre-se: como qualquer outro modelo de receita recorrente, o freemium tem tanto vantagens quanto desvantagens. Confira as listas adiante.

Vantagens do modelo freemium

  • Aquisição rápida de usuários sem barreiras iniciais
  • Teste facilitado do produto ou serviço, aumentando as chances de conversão
  • Marketing orgânico e por indicações
  • Segmentação natural de clientes e melhor direcionamento das vendas
  • Possibilidade de monetização alternativa

Algumas empresas usam publicidade ou parcerias para gerar receita com base gratuita. Fica a dica!

Desvantagens do modelo freemium

  • Alto custo operacional e de manutenção da base de usuários
  • Possível comprometimento da rentabilidade por taxa de conversão incerta
  • Risco de desvalorização do produto/serviço
  • Dificuldade em encontrar o equilíbrio entre “free” e “premium”
  • Dependência de estratégias complementares para aumentar a conversão

Quer implementar? Siga um pouquinho mais na leitura.

Passo a passo de como implementar modelo freemium em uma empresa

Para implementar a estratégia que mistura o pago com o gratuito, defina bem que tipo de recurso ou funcionalidade vai ser oferecido em cada versão, tenha clareza de como você vai incentivar e apoiar a conversão dos seus usuários, capacite todo o seu time e monitore resultados, fazendo os ajustes necessários.

1. Defina quais recursos vão ser gratuitos e quais serão pagos

A versão gratuita deve proporcionar uma experiência atrativa o suficiente para engajar os usuários, enquanto as funcionalidades premium precisam ser valiosas o suficiente para justificar o pagamento.

2. Estabeleça estratégias claras de conversão 

Algumas boas táticas incluem a oferta de testes gratuitos de funcionalidades premium e descontos para novos assinantes, dentre outras ideias que você já conferiu anteriormente. Essas estratégias podem ser complementadas até com notificações sobre os benefícios da versão paga.

3. Invista em uma boa comunicação

Seja por campanhas de marketing, no atendimento ou no pós-vendas, seu freemium só vai funcionar se você conseguir manter os usuários informados sobre as vantagens da versão paga, aproximar-se deles a ponto de mostrar que a sua marca é confiável e oferecer todo o suporte necessário, mesmo na versão grátis.

4. Acompanhe as métricas de desempenho

Finalmente, monitore indicadores-chave de desempenho (KPIs), como a taxa de conversão de usuários, o tempo médio de uso de cada versão e os feedbacks: só as métricas conseguem oferecer informações realmente válidas para os ajustes da sua estratégia.

Caso este artigo tenha ajudado você, não se esqueça de acompanhar o blog da Cobre Fácil para mais notícias e dicas!

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